É a segunda Síndrome com comprometimento intelectual mais frequente após a Síndrome de Down e a mais frequente herdada (familiar). Estudos indicam que o número de repetições de trinucleotídeos tende a aumentar a cada geração, principalmente quando transmitida por uma mulher portadora da pré-mutação. Sendo assim, o risco para a prole de mulheres portadoras da pré-mutação é maior a cada geração. Nas mulheres afetadas pela mutação completa, o quadro clínico é, em geral, menos grave provavelmente pela compensação do segundo cromossomo. Devido a um dos cromossomos “X” ser alterado, a mulher pré-mutada possui 50% de chances de enviar para a próxima geração: ou um X normal ( filho seria então normal) ou uma pré-mutação (filho igual a ela) ou transformando-se numa mutação completa ( filho afetado).
Quando o pai é portador da pré-mutação, este passará o gene alterado para todas as suas filhas, mas não para os seus filhos. Os homens com a pré-mutação a transmitem para suas filhas com o número de repetições praticamente sem alteração.
Como é diagnosticado?
Os sinais e sintomas da Síndrome do “X -Frágil”, por serem semelhantes a outros casos de atrasos e distúrbios gerais de desenvolvimento, necessitam de confirmação através de exame genético com técnicas especiais.
Atualmente, com os diagnósticos precisos, através da biologia molecular (DNA), consegue-se fazer um correto diagnóstico.
Exame pelo DNA: o diagnóstico é realizado pelo estudo do DNA para detectar a Síndrome do X-Frágil. É feito através de amostra de sangue, analisada em laboratório de genética. Este teste identifica tanto portadores de pré-mutação como de mutação completa.
Exame citogenético (cariótipo) pode diagnosticar a Síndrome do X-Frágil mas, tendo em vista a possibilidade de resultado falso negativo neste teste, ele não é definitivo quando o resultado é negativo. Além disto, exames citogenéticos não identificam portadores da pré-mutação ou pessoas portadoras da zona limítrofe, pois não é possível saber o número de repetições.
Se o resultado do teste for positivo para a síndrome, deve-se procurar aconselhamento genético.
Quando se sabe que um membro da família é portador da síndrome, os outros familiares devem ser testados.
Mulheres que pretendem engravidar devem fazer o teste, se qualquer membro da família apresentar traços característicos do X-Frágil. O planejamento familiar precisa considerar os riscos de transmissão do gene alterado. O diagnóstico pré-natal já pode ser realizado. O estudo do DNA das células das vilosidades coriônicas permite o diagnóstico de fetos portadores da mutação completa no primeiro trimestre de gestação.
Só o diagnóstico conclusivo permite definir estratégias de atendimento mais adequadas para o desenvolvimento dos indivíduos afetados pela Síndrome do X- Frágil.
A precisão dessa prova pode orientar ou redirecionar tratamentos, visando torná-los mais específicos. Possibilita, igualmente, aconselhar as famílias afetadas sobre os riscos de recorrência e as possíveis opções reprodutivas.